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O ceratocone é bastante comentado, mas sabemos que ainda existem muitas dúvidas a respeito desta doença, Dr. Michel Rubin, médico oftalmologista do complexo médico hospitalar ECO IPO Oftalmologia com formação na Santa Casa de São Paulo e University of California San Francisco, traz informações para que você fique bem informado. Confira:

O que é ceratocone?

A córnea é a parte transparente do olho, responsável por focar a imagem a retina, para esta seja levada e interpretada pelo cérebro de forma nítida. No ceratocone, a córnea perde progressivamente o seu formato original e passa a ficar
mais pontuda e mais fina, provocando um tipo de astigmatismo irregular que causa uma visão borrada a todas as distâncias.

O Ceratocone pode progredir?

Aproximadamente 30% dos casos apresentam progressão, principalmente até os 40 anos de idade, com tendência a se estabilizar após.

Existem diferentes estágios de ceratocone? Quais as opções para uma boa visão em cada um deles?

Nas diferentes graduações de ceratocone, as consequências visuais mudam:

  • Leve: a visão pode ficar nítida apenas com uso de óculos, lentes gelatinosas ou rígidas.
  • Moderado: o óculos já não é capaz de fornecer uma boa qualidade visual, sendo esta, muitas vezes obtidas com lentes de contato rígidas gás permeável.
  • Avançado: muitas vezes as lentes de contato já não fornecem boa visão e/ou não ficam bem adaptadas à córnea, podendo-se avaliar o uso de lentes especiais, chamadas lentes esclerais, que conseguem fornecer boa qualidade visual na maioria dos casos de caratocone.  Inclusive em grande parte dos casos de ceratocones que já possuem indicação de cirurgia, a lente escleral pode proporcionar uma boa visão e postergar, ou mesmo, evitar a sua necessidade.

Imagem ilustrativa de lente de contato escleral que possuí tamanho maior que as lentes rígidas comuns, proporcionando mais conforto e boa visão mesmo em ceratocones avançados.

Como é realizada a cirurgia de ceratocone?

As principais opções são:

Implante de anel intra-corneano (Keraring ou Anel de Ferrara):  segmentos de anéis são implantados na córnea, deixando-a menos pontuda e mais plana, suavizando portanto o ceratocone e deixando a córnea mais regular. O trajeto a ser implantado o anel, é feito com mais precisão com modernos aparelhos a laser.

Imagem ilustrativa que demonstra posição de anel intracorneano: indicado quando o portador de ceratocone não consegue utilizar lentes de contato, por diferentes motivos:

  • Não alcançar uma visão satisfatória.
  • Desconforto com seu uso.
  • Mesmo com boa visão com lentes, não adaptação ao uso.

Transplante de córnea: é indicado nos casos em que a córnea é muito fina para o implante de anel, apresenta
uma curvatura excessivamente acentuada ou apresenta opacidades, não sendo o anel indicado. No transplante a parte central da córnea é substituída por uma córnea doadora, diminuindo a curvatura original.

Caso tenha tendência a progressão, haverá obrigatoriamente piora na minha visão?

Não. Idealmente, o ceratocone deve ser diagnosticado o mais precocemente possível. Nestes casos é indicado fazer um acompanhamento regular oftalmológico com a realização de exames específicos, para verificar progressão. Caso esta seja diagnosticada, há indicação de um procedimento que visa enrijecer a córnea e estabilizar o ceratocone, denominado crosslinking.

Há alguns anos, pouco poderia ser feito em casos de ceratocone. Atualmente, modernos exames e tratamentos, podem diagnosticar e evitar sua progressão e mesmo recuperar uma visão já afetada.

Existe alguma recomendação especial aos familiares?

Por haver componente genético associado, recomenda-se que familiares de primeiro grau, façam consultas oftalmológicas anuais e informem a história familiar de ceratocone.

Portanto, houve diversos avanços no tratamento do ceratocone na última década e há diversas opções para manter uma boa visão e consequente qualidade de vida a quem tem essa patologia.

 

  • Imagens meramente ilustrativas
  • As pessoas retratadas não representam pacientes
  • Os conte;udos publicados tem caráter exclusivamente informativo e não substituem a consulta médica.

Dr. Michel Rubin

CRM 31939 – RQE 17229

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