GLAUCOMA – Uma doença silenciosa e perigosa

Embora não haja cura, há possibilidade de controle com preservação da visão. Dr. Michel Rubin, médico oftalmologista da CEVIPA com especialidade em Glaucoma e formação na Santa Casa de São Paulo e Universidade da California de San Francisco, esclarece dúvidas sobre o que é glaucoma, a importância de seu tratamento e do acompanhamento regular.

O QUE É GLAUCOMA?

Glaucoma é uma doença que afeta aproximadamente 4% da população acima de 40 anos e pode levar a perda progressiva do campo de visão, sem provocar sintomas, já que a visão central continua normal. Quando a dificuldade visual é notada, a visão já foi seriamente comprometida e o risco de cegueira torna-se grande. Infelizmente, a perda de visão devido ao Glaucoma é irreversível, mesmo com tratamento, que pode ser com colírios, laser ou cirúrgico.

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PROGRESSÃO: Na primeira foto evidencia-se o glaucoma inicial com campo visual ainda preservado e na ultima foto glaucoma avançado com presença de campo visual restrito apenas no centro.

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QUAIS OS FATORES DE RISCO PARA GLAUCOMA?

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POSSO TER GLAUCOMA OU SUA PROGRESSÃO SEM PRESSÃO OCULAR ELEVADA?

Embora a pressão ocular elevado represente um importante fator de risco, existem diversos outros e pode, inclusive, se manifestar sem o aumento da pressão ocular, o glaucoma de pressão normal.

COMO POSSO SABER SE MEU GLAUCOMA ESTA PROGREDINDO?

Dificilmente a evolução do glaucoma é perceptível. Nas suas consultas de acompanhamento são verificadas diversas variáveis, objetivando sempre evitar. Os principais são:

Embora a pressão ocular elevado represente um importante fator de risco para o glaucoma, existem diversos outros e pode, inclusive, haver glaucoma, sem aumento da pressão ocular, o glaucoma de pressão normal.

  • TONOMETRIA
  • BIOMICROSCOPIA DE FUNDO
  • MAPEAMENTO DE RETINA
  • ESTEREOFOTO DE PAPILA
  • GONIOSCOPIA
  • PAQUIMETRIA
  • CAMPO VISUAL
  • TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓTICA (OCT)

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QUAIS AS OPÇÕES PARA TRATAR O GLAUCOMA? 

  • COLÍRIO

A maioria dos casos apresenta controle com tratamento clínico através de colírios anti-glaucomatosos, pode ser necessário o uso simultâneo de até 4 classes diferentes de colírios.

Os colírios podem apresentar efeitos colaterais, que são inerentes a cada tipo específico de colírio, os mais freqüentes são: vermelhidão e irritação ocular, olho seco, crescimento dos cílios, hipercromia palpebral (olheira), interações com outros medicamentos, dentre outros.

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Quando o tratamento apresenta ótima resposta clínica e efeitos colaterais toleráveis, geralmente opta-se por ser mantido, mas quando os efeitos são intoleráveis, costuma-se substituir a medicação por uma melhor tolerada.

A aderência ao tratamento é fundamental para seu sucesso. Com o não uso ou uso irregular do colírio, pode haver picos pressóricos que causam progressão, portanto o sucesso do tratamento também depende de você!

  • LASER 

Diferentes modalidades de tratamentos a laser podem ser realizadas, como a iridectomia e a trabeculoplastia. Há tipos de glaucoma que apresentam melhor resposta a laser que os demais.

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  • CIRURGIA

Quando o glaucoma progride mesmo com tratamento máximo tolerado e com o tratamento a laser (se possível), indica-se a cirurgia anti-glaucomatosa, cujo objetivo é evitar progressão. As modalidades cirúrgicas são : trabeculectomia (TREC), o implante de express, o implante de drenagem, trabeculotomia, dentre outras.

A cirurgia de glaucoma é uma cirurgia delicada, com possibilidade de novas intervenções após a mesma. Mesmo uma cirurgia tecnicamente perfeita pode não ideal controle pressórico.

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O GLAUCOMA É HEREDITÁRIO?

Existe um risco maior no desenvolvimento do glaucoma nos parentes de primeiro. Portanto se você foi diagnosticado com glaucoma, é importante que oriente pais, irmãos e filhos a passarem em consulta oftalmológica anualmente e sempre informar sobre a história familiar de glaucoma. Assim caso seus familiares desenvolvam glaucoma, terão um diagnóstico precoce, com consequente maior sucesso no tratamento.

A principal recomendação é a prevenção, ou seja, usar regularmente o colírio indicado e manter seu seguimento, retornando para consultas nas datas indicadas pelo seu médico.

Assista o vídeo abaixo e confira mais informações:

Cuide-se, afinal qualidade de visão é qualidade de vida!

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